Fisioterapia pode melhorar as Ereções? Sim! Sim! Sim!

 

Uma função erétil normal inclui a habilidade para se conseguir uma ereção suficientemente rígida para a penetração vaginal e sua manutenção ao longo da relação para a satisfação do homem seu/sua parceira(o), e a ereção peniana requer que os corpos cavernosos do pênis estejam pressurizados com retenção de sangue de forma hidráulica.

 

É muito antiga a observação do papel dos músculos do assoalho pélvico, em particular os músculos bulboesponjosos e isquiocavernosos, em aumentar a rigidez peniana. Esses músculos comprimem a raiz dos corpos cavernosos e induzem aumento da pressão intracavernosa de forma momentânea. Além disso, as contrações do músculo bulboesponjoso levam a ingurgitamento temporário da glande e do corpo esponjoso em decorrência também de aumento das pressões internas.

 

 

Legenda: 1 bulbospongiosus m. 2 ischiocavernosus m. 3 deep transverse perineal m. 4 superficial transverse perineal m. 5 pubococcygeus m. 6 obturator internus m. 7 perineal body 8 external anal sphincter 9 anococcygeal ligament 10 coccyx 11 ischial tuberosities 12 sacrotuberous ligament.

 

 

 

Em alguns homens esses músculos podem facilitar o início e a manutenção das ereções e da rigidez penianas. O grau de participação dessas estruturas nas ereções e rigidez depende do grau de mobilização e coordenação da musculatura. Assim, ativação voluntária e treinada da musculatura pélvica tem sido revelada útil e eficiente em homens com ou sem disfunção erétil.

 

 

Em casos selecionados a reabilitação da musculatura do assoalho pélvico pode ser utilizada inclusive para o tratamento da disfunção erétil. Os pacientes mais beneficiados são os que possuem disfunção veno-oclusiva (fuga venosa) de graus leve ou moderado. Alguns pacientes com tônus muscular pélvico aumentado (contrações excessivas ou involuntárias da pelve) podem se beneficiar com reabilitação para o relaxamento coordenado e liberar as artérias penianas então comprimidas, para a correta expansão dos corpos cavernosas.

 

Sexual Medicine Reviews  – Volume 4, Issue 1, Pages 53-62 (January 2016)